Livro II da Saga Lua de Sangue Livro I: A Suprema Alfa. Essa história conta a continuação do final do livro A Suprema Alfa. . "– Eu, Lúcius Calmon... abro mão do nosso vínculo e rejeito você, Karolina Stevens, como minha companheira. Não conseguia mais manter a aparência, então baixei a cabeça e comecei a soluçar." . Karolina, ex-escrava, mesmo após ter sofrido nas mãos do seu primeiro amor, Lúcius Calmon, perdoá-lo por tudo e escolhê-lo como seu companheiro, ela agora irá sofrer a dor da rejeição e ir em buscas de respostas do mistério por trás das palavras cruéis do Lúcius. Porém, o todos os seus sentimentos tornam-se confusos quando Alec começa a agir estranho criando laços mais fortes, ainda mais avassaladores que ela poderia imaginar. Agora liderando os lobisomens e vampiros, para manter a paz, tem que lidar com a pressão dos humanos por ser acusada de ter matado alguém importante entre eles, Karolina ainda se vê em uma batalha interna contra um ser tão poderoso quanto qualquer um que ela já enfrentou.
Ler maisNa maior cidade dentro do território humano, chamada Valiska, localizada próxima à fronteira que separa o território dos lobos, estava presente a mais alta patente do clero na principal Basílica, todos reunidos com seus fiéis para escutarem o tão esperado discurso do Papa João César.
Aos gritos e palmas de euforia dos fiéis, ele apareceu sentado em uma cadeira de ouro sendo carregado pelos seus escravos em cada lado daquela cadeira pesada enquanto uma escrava mulata de corpo curvilíneo caminhava ao lado da cadeira luxuosa do papa com uma bandeja na mão, oferecendo-lhe frutas.
Apesar de todo luxo, euforia e alegria ao seu redor, o papa não estava contente com os acontecimentos dessas semanas e ele precisava da ajuda do seu povo para rever e reparar os absurdos causados por aqueles que antes eram seus aliados, no entanto quebraram o pacto feito há milhares de anos por seus antepassados e se juntaram com o ser amaldiçoado que não tem alma e que carrega a morte para onde quer que vá, o Dragão Vermelho Morto, ou como o apelidaram: Drácula, O Imperador Amaldiçoado.
Dentre os principais presentes e os fiéis que possuíam títulos importantes, escravos e terras, faltava somente uma pessoa que por direito deveria também estar presente e ser muito respeitado por todos, abaixo somente do papa. O mais novo nomeado rei Juliano III, filho de Juliano II que morreu da doença que foi jogada pela bruxa. A bruxa! A amante do Drácula! Oooh céus! O humor do papa tornava-se mais sombrio quando as lembranças o assombravam.
Mas o papa João César não se importava com a presença daquele rei que ele não gostava, que ele não queria e que não teria sua bênção. Aquele moleque imprestável está agora mesmo bebendo e comendo da mesma comida com aqueles demônios, seres sem luz e se ajoelhando, jurando lealdade a uma ESCRAVA! Como uma escrava se tornou rainha? Que ridículo! Inadmissível! Repugnante!
Ele olhou com nojo para sua escrava mulata que permanecia de cabeça baixa com a bandeja na mão esperando alguma ordem do seu senhor.
Daqui a pouco essa escrava vai se achar digna de sentar-se em uma cadeira ao invés do chão ou comer algo que não seja as sobras da minha comida, pensou.
Sua cadeira foi depositada na superfície e os escravos posicionaram-se atrás com suas cabeças também baixa em submissão. A vontade que o João César teve em sorrir foi muita. Esses escravos que são iguais cavalos, só servem para carregarem peso, vão querer aprender a ler? A imagem deles segurando algum livro veio à mente e nossa! Que imagem péssima!
Quem aquela mulher pensa que é para criar uma lei ridícula exigindo a abolição da escravatura? E ainda querer se meter nos assuntos dos humanos depois de matar o verdadeiro rei? Ele sabe quem ela é! E precisa alertar ao povo antes que seja tarde demais! Ela é a filha do demônio que veio dominar suas terras e corromper sua fé! Mesmo que lá no fundo o papa saiba que ela é somente uma pessoa de outra espécie, mas ele irá falar para todos o que inventou porque as pessoas nunca o questionariam e o ajudariam a pôr seus planos em prática.
“Devemos nos livrar desse mal a queimando viva na fogueira para que sua alma volte ao lugar de onde nunca devia ter saído: Do inferno!”
Ele citou uma parte do seu discurso em pensamento.
João César, carrancudo, levantou-se de sua cadeira e se posicionou atrás do altar de madeira, então todos presentes ficaram em silêncio com os olhos vidrados naquele senhor de idade usando batinas pesadas e sagradas, atrás dele estava a imagem do Senhor.
Ele puxou o ar pelos pulmões preparando-se para começar a falar seu discurso de ódio contra aquela de berço inferior que matou o rei João I na Batalha da Floresta Vermelha e que agora se denominou rainha e soberana dos humanos.
Uma mulher liderando os homens?! Patético! Uma escrava rainha?! Ridículo!
João César controlou seu mau humor, mas antes que começasse a falar, foi interrompido pelo barulho da imensa porta da Basílica se abrindo.
Todos se viraram para ver quem seria essa pessoa desrespeitosa que abriu a porta atrapalhando o discurso do homem que segurava a mão do Deus dos humanos e com seu poder divino, abençoa as pessoas privilegiadas para que tenham seus lugares garantidos no céu. Oras, eles são ricos e nobres, são merecedores de tal bênção, ao contrário dos miseráveis que só prestam para servi-los.
O rosto do papa se contorceu em fúria ao reconhecer a pessoa que entrou na Basílica, aquela mulher m*****a que tirou seu sono, que o atormentou até nos seus banhos aromatizados ao qual ele faz uma vez ao mês, que está causando todo o seu desgosto e caos desde o dia em que quebrou suas próprias correntes.
M*****a! Mulher M*****a! Ardilosa! Como ela ousa entrar na aqui?
Todos ficaram assustados com a presença daquela pessoa que, apesar de bela, tinha uma aparência peculiar por causa da cor dos seus olhos vermelhos, mas ao invés disso ser o maior destaque entre eles, o que mais os impressionam são suas vestes.
Calças? Uma mulher usando calças?
Sim! Ela está usando calças, botas, uma blusa com capa comprida em forma de “V”, seu cabelo longo e solto e...
– Os lábios dela são vermelhos! – Uma lady arfou aterrorizada quando disse. Essa mulher dos lábios vermelhos, cabelos e roupas vermelhas, ela usa a cor do diabo!
Ninguém reconheceu essa mulher, ninguém, além do papa, sabia quem ela era e devido à cor dos seus olhos, roupas e lábios, os fiéis logo deduziram:
– UMA BRUXA! – Um homem gritou. Todos se afastaram assustados.
João César gostou dessa reação, assim seria mais fácil convencer esse povo ignorante a matarem ela.
Eu sou um homem abençoado, pensou.
Escondendo o seu semblante de alegria, ele logo incorporou o seu papel de homem protetor do seu povo.
Enquanto a mulher caminhava séria com passos pesados e lentos em direção ao papa, ele finalmente soltou suas primeiras palavras desde que tinha chegado:
– Como se atreve a entrar na casa de Deus? – Ele falou alto e autoritário.
– Casa de Deus? – A mulher perguntou num tom normal, parando antes dos degraus da escada que dava acesso ao altar.
– Aqui é um local sagrado! Nenhum seguidor do Demônio tem poder dentro da casa do Senhor!
A mulher zombou.
– Aqui não é a casa de nenhum Deus, é só um local de reuniões entre os humanos que se acham superiores e melhores que seu próprio Deus.
– ALGUÉM PEGE ESSA BRUXA! ELA DEVE SER QUEIMADA NA FOGUEIRA PELA SUA BLASFÊMIA! – Um lorde gritou.
Mas assim que se calou, a mulher virou seu pescoço para ele de forma desumana e grotesca, seu pescoço esticou-se além do normal, seu rosto quase ficou todo para trás e a lateral do rosto estava quase batendo nas costas.
De boca fechada, ela deu um grunhido demoníaco para alertar quem quer que se aproxime dela. O ódio nos olhos daquela mulher era surreal.
Todos se encolheram horrorizados, já havia algumas pessoas chorando, outras ajoelhadas orando, mesmo assim, nenhum tentou fugir daquele lugar, pois eles sabiam que tinha alguém para protegê-los contra aquele mal. O corpo do João César começou a se tremer, ele nunca viu um lobisomem contorcer o pescoço daquela forma, mas ele manteve o mesmo tom de antes.
Ela voltou a encarar o homem em pé ao altar.
– É isso que você os ensina? Utiliza sua palavra como única e verdadeira sem lhes dar o direito de questionar? De saber a verdade? Todos vocês condenam alguém pela cor de suas vestes? – Ela perguntou mais séria.
– O vermelho é a cor do Diabo! De um espírito sem luz! Não há o que questionar, eu sou a verdade, eu seguro a mão de Deus aonde quer que vá e sou abençoado por Ele!
Ela riu, mas o som de sua risada era mais grotesco e havia duas vozes rindo ao mesmo tempo.
– É mesmo? – Zombou novamente. – Neste lugar que é dito como a casa de Deus, só há um obstáculo O impedindo de entrar em sua própria casa... – Ela pausou sua fala, e suas próximas palavras saíram duas vozes, uma feminina e outra demoníaca:
– Os Humanos.
A mulher com o rosto contorcido de ódio e desprezo começou a subir os degraus lentamente em direção ao João César.
– Vocês destruíram tudo o que me pertencia! – Ela falava com suas múltiplas vozes. – Corromperam a fé e os ensinamentos do seu Deus em busca de riqueza e poder! Nada que fiz para detê-los foi o suficiente! Nada! – Disse entredentes. – Nem as mortes que causei com a doença foram capazes de destruir vocês! Vocês são as verdadeiras pragas! Que destroem e corrompem tudo por onde quer que passam!
Ela parou em frente ao papa, com apenas o altar entre eles.
O papa viu algo no rosto daquela mulher e subitamente percebeu uma coisa, ele ficou estupefato! Aquilo não era normal!
– O... o que você é? – João perguntou, horrorizado.
Ela curvou seus lábios para cima dando um sorrisinho.
– Eu sou aquele que trará paz novamente para este mundo! Que governará novamente! Eu sou a sua extinção!
– Oooh Meu Deus... – Ele sussurrou.
– Usando o nome Dele em vão? Em sua própria casa? – A mulher riu e foi dando a volta ao altar se aproximando. Ela parou em frente a ele com agora nada os separando, ambos estavam de lado para o resto das pessoas que não escutavam as conversas entre aqueles dois, então com um sorriso no rosto a mulher disse:
– Seu deus não está aqui hoje, João, mas eu sim!
Ela o segurou, e com sons grotescos, começou a abrir sua boca lentamente, até que sua mandíbula deslocou-se, seus dentes pareciam ser de tubarões, e sua boca ficou maior que qualquer boca jamais vista. De repente, a mulher mordeu a face daquele homem que gritava desesperado se debatendo, até que ela puxou a carne e os ossos do rosto, matando-o.
Todos gritavam e começaram a correr desesperados para a porta de saída, no entanto ela estava trancada. A mulher ainda ao lado do altar com o rosto cheio de sangue estava rindo dos humanos que tentavam fugir.
O coração acelerava, apertei a bainha da minha espada que estava na cintura, ninguém ousou fazer nada, todos estavam calados e parados, sem nenhum movimento.Não me atrevi a dar nenhuma ordem.Parado, tenso, ao meu lado, estava Lúcius, mais distante, Lucas e Felipe, na dianteira do exército de vampiros, Natanael. Todos observavam atentamente a escuridão à nossa frente.Onde está a Karolina? Eu não a tinha visto desde que ela resolveu se isolar.Tudo permanecia silencioso, como se o exército inimigo estivesse esperando qualquer movimento nosso. Até que senti um arrepio na pele debaixo da armadura.O tempo estava ficando frio, cada vez mais frio.Comecei a ouvir passos, mas que vinha do lado oposto, um caminho foi aberto pelos nossos guerreiros e Karolina surgiu caminhando lentamente.Ela não olhou para os lados enquanto caminhava de armadura vermelha e preta sem nenhuma espada na mão.Meu instinto protetor queria ir até ela, mas fiquei parado no mesmo lugar.Karolina continuava caminha
– Tire minha roupa, Alec... – Murmurei de olhos fechados sentindo seu rosto no meu. – Faça amor comigo...– Eu sou teu, Karolina... Faço o que você mandar... – Alec segurou o cós da minha calça puxando, apoiei minhas mãos na sacada ajudando-o a tirar minha roupa de baixo.Com os olhos cheios de desejo, ele arrancou minha roupa, deixando-me completamente nua sentada na sacada de pedra, Alec segurou minha perna direita acariciando-a e beijando, subindo lentamente.– Aaah... – Gemi baixinho inclinando a cabeça para trás sentindo sua língua brincando e subindo pela minha perna, Alec abriu minhas pernas mais ainda e senti sua respiração chegar ao ponto mais sensível do meu sexo que já estava molhado.A língua quente, macia e molhada do Alec apertou meus clitóris, brincando e esfregando nele. Comecei a gemer incontrolavelmente sentindo os espasmos no corpo todo, minhas mãos apertaram com força a sacada, abri os olhos e vi o céu escuro na minha frente, enquanto gemia loucamente ao ser chupad
O silêncio do Lúcius era incompatível com meu choro e agonia, meu coração estava sendo esmagado novamente, a mão segurando meu peito tremia, cabisbaixa, eu continuava de olhos fechados, mas nenhuma reação vinha do homem ao meu lado, respirei fundo diversas vezes e levantei a cabeça.Lúcius me olhava boquiaberto, lágrimas rolavam pelos seus olhos dourados.– M-Morta? A K-Kamilla está morta?Balancei a cabeça afirmando.– Como? – Murmurou.– Anealix nos enganou o tempo todo, manipulou a Clara para possuí-la e... e...– Clara a matou. – Ele finalizou.– Sim.Esperei novamente pela reação do Lúcius, pensei que ele fosse ir atrás da Clara tentando vingar, mas nem sequer suas feições mudaram.Lúcius simplesmente baixou a cabeça e voltou a chorar silenciosamente.Fiquei alguns minutos me recuperando e limpando as lágrimas do meu rosto.– A Clara não tem culpa. – Murmurei.Ele voltou a olhar para mim,– Eu não a culpo. – Ele sussurrou.Fiquei surpresa com a sua resposta.– Não?– No Império,
O castelo de Valiska, mesmo depois dos ataques e da destruição da cidade, ficou intacto, porém sua cor cinza continuava sem vida e, depois da morte de Juliano e da tragédia na vida de Clara, os corredores desse castelo tornaram-se mais sombrios, como se a alma de Juliano estivesse perambulando sem paz e me perseguindo pela quebra do juramento que fiz a ele em proteger sua irmã.Esse castelo, definitivamente, tornou-se amaldiçoado e assombrado.Mas era o único lugar que eu poderia levar Lúcius, no meu antigo quarto, do qual não tenho lembranças significativas aqui, somente as visões da minha vida passada e memórias de mim nos braços de Alec, buscando paz no seu refúgio.– Como ele está? – Natanael abriu a porta sem bater entrou no quarto carregando uma caneca com água na mão.– Ainda inconsciente. – Respondi, sentada na beira da cama observando o Lúcius.– Vencemos, Karolina. – Ele se sentou numa cadeira encostada na parede. – Mas eu sei que não acabou... O que vem em seguida?– Não se
Mas o que ninguém sabia era que Daiana estava esperando um filho e por ser uma raça divina na qual nunca havia existido gravidez entre eles, a gestação durou dezenas de anos, deixando-a cada vez mais debilitada, o feto começou a sugar toda sua força e energia vital por não serem compatíveis, o bebê tinha o sangue divino do Lúcifer. A filha mais velha, desolada e sem condições de sair do lugar clamou pelo seu Pai, que foi atendida.Deus, na sua infinita sabedoria, explicou à Daiana que os três irmãos eram divinamente opostos um aos outros, que eles nunca poderiam ter se juntado, por isso ele os criou como irmãos e não como casal, mas por causa da sua desobediência, eles praticaram ato incestuoso, afetando a natureza dentro deles e que esse bebê, por ter herdado o sangue de Lúcifer, iria matá-la para poder nascer e que a única maneira dela impedir isso era matando-o primeiro, ela poderia escolher a vida da criança pela sua, porém, sua raça também deveria morrer junto para que o equilíbr
Ao ver seu corpo roxo e seus pés frios, horror transbordou em mim, corri para alcançá-la e puxei a corda rasgando-a, Clara caiu nos meus braços de olhos fechados, Marcus gritava e chorava em desespero.Comecei a fazer massagem cardíaca nela para que seu coração voltasse a bater, usei todo o ar dos meus pulmões e lhe dava oxigênio. Um pulso, uma pequena batida do coração era tudo o que eu precisava, meus poderes não poderiam ressuscitar alguém, mas eu podia salvá-la se estivesse na beira da morte, eu só precisava de uma reação, só uma.Rezei para os Deuses que trouxessem ela de volta, prometi que eu nunca mais a culparia pela morte da minha filha.Fiquei desesperada, Marcus chorava lamentando sem poder fazer nada, mesmo achando que era tarde demais, continuei lutando para conseguir com que seu coração batesse de volta.Até que minhas preces foram atendidas.Bem leve, bem sutil como uma pena, uma pequena batida naquele coração fragilizado, mas jovem, foi o suficiente.Mordi seu pescoço
Último capítulo