Camélia despertou mais cedo do que o habitual, com o corpo mergulhado numa exaustão estranha. Os olhos ardiam, a garganta estava seca, e um calor inesperado pesava em sua nuca. Sentia-se febril, mas não havia suor — apenas uma inquietação que pulsava como um tambor em seu peito.
Sentou-se na cama devagar, pressionando a mão contra o ventre como se algo lá dentro vibrasse diferente. “Deve ser só um mal-estar”, sussurrou para si mesma. Talvez fosse o novo ritmo de vida, as mudanças recentes, os treinos... ou talvez só estivesse ficando doente. Mas a sensação era mais profunda. Como se seu corpo tentasse falar com ela por dentro, por debaixo da pele.Levantou-se e foi até a varanda da frente. O ar da manhã beijava seu rosto com suavidade, trazendo o cheiro fresco da serra e uma tranquilidade que contrastava com a agitação dentro dela. Precisava respirar, encontrar algum equilíbrio. Mas, ao fechar os olhos, um nome ecoou com força: Kael.E então, a marca em se