— Não fizemos apenas isso, papai — explicou Catarina, tentando não deixar a voz trêmula transparecer.
— Ah, é? Então, o que mais fizeram?
— Primeiro, almoçamos — disse ela. — E, como o restaurante era bem movimentado, a comida demorou a ser servida.
Damião arqueou as sobrancelhas, cético.
— E depois?
— Depois fomos até algumas lojas, mas o senhor Henri queria algo especial e acabou demorando para escolher o presente da sobrinha.
— Eu entendo isso, mas não justifica terem chegado a essa hora — rebateu o pai.
— É que, depois de ele ter encontrado o presente ideal, aproveitamos que estávamos na capital e ele resolveu adiantar alguns assuntos de trabalho que estavam pendentes. Se soubesse tudo o que fizemos, o senhor provavelmente diria que chegamos cedo demais.
Embora uma pontada de insegurança ainda batesse em seu coração, Damião decidiu apenas assentir, confiando na filha.
— Tudo bem — comentou, aliviado.
— O que foi, Damião? Por acaso, está desconfiado da nossa filha? — Andrea pergunt