A manhã estava especialmente quente em São Caetano, e Catarina acordou sentindo que havia sido atropelada por um trator. Literalmente. A cabeça pesava, o corpo parecia desligado e, por algum motivo inexplicável, o cheiro do café que Henri preparava, geralmente o aroma mais perfeito do mundo, naquele dia estava simplesmente insuportável.
— Bom dia, amor… — Henri disse ao entrar no quarto, trazendo a xícara favorita dela. — Preparei o seu café como você gosta.
Assim que ele entrou, ela levou a mão à boca.
— Meu Deus… tira isso daqui!
Confuso, Henri parou no meio do caminho.
— O café?
— O cheiro está horrível! — Ela abanou o ar com as mãos. — Você colocou o quê aí? Gasolina?
— Ué… — Ele cheirou a xícara. — Está normal.
— Para você! Para mim, está… — ela fez uma careta — … insuportável!
Ele saiu do quarto resmungando, ainda sem entender. Enquanto Catarina colocava a culpa no estresse dos últimos dias da faculdade, do calor absurdo… tudo podia ser culpa disso.
Mas, assim que colocou o pé n