No corredor do hospital, Andrea se escorava na parede, com a cabeça baixa e o semblante preocupado. Pensava no que a filha poderia estar conversando com Henri dentro do quarto. Não tinha ideia do que Catarina queria dizer nem do que poderia acontecer. E, embora desejasse estar presente, sabia que devia respeitar o espaço da filha.
Tão imersa em seus pensamentos, Andrea nem percebeu quando Damião se aproximou.
— Por que está aqui no corredor? — perguntou ele, preocupado. — Aconteceu alguma coisa com Catarina?
— Não, não aconteceu nada — respondeu, tentando parecer calma. — Só estou dando espaço para a Catarina conversar a sós.
— Com quem ela está conversando? — insistiu.
Andrea suspirou fundo. Sabia que o marido não reagiria bem à resposta, mas não podia evitar.
— Ela está conversando com o Henri.
O rosto de Damião ficou vermelho no mesmo instante, e a irritação foi evidente.
— Por que deixou ele entrar no quarto da nossa filha?
— Não fui eu quem deixei — explicou, mantendo o tom sereno