Arraste-me Até o Altar

Arraste-me Até o AltarPT

Romance
Última actualización: 2025-08-06
Sayaka Cutrim  En proceso
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Resumen
Índice

A vida de Asllan está prestes a virar de cabeça para baixo. Tudo por causa de uma aposta inusitada e do desejo ardente de conhecer, sem gastar um centavo, as luxuosas Ilhas Verdes, no sul da Califórnia. Para isso, ele precisa encontrar um namorado em até duas semanas — caso contrário, além de ir ao casamento da melhor amiga sozinho, terá que bancar todos os custos da viagem. O problema? Asllan encontrou o par perfeito... para um romance de mentira. O que ele não esperava era que, nessa farsa cuidadosamente ensaiada, o coração começasse a agir por conta própria.

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Capítulo 1

Capítulo 1 – Convite Dourado

— Não acredito que vocês vão mesmo se casar! — exclamei, com um misto de surpresa e empolgação, enquanto encaixávamos os convites dentro dos envelopes. — Estão animados?

Belly soltou um suspiro dramático antes de se virar para mim, com aquele brilho nos olhos que só ela tem.

— Só pode ser brincadeira! Claro que vou! — respondeu com um sorriso nervoso, logo substituído por um ar mais pensativo. — Mas, para ser honesta, também estou um pouco nervosa. É tanta coisa pra resolver... e tão pouco tempo.

Meu olhar seguiu o dela até a mesa coberta de catálogos abertos.

Vestidos de noiva, sapatos, buquês, arranjos de mesa, toalhas, cores, estilos. Um verdadeiro festival de escolhas. Até onde eu sabia, o único detalhe realmente definido era o local da cerimônia.

Soltei uma risadinha, aliviado por não ser eu quem estivesse passando por tudo aquilo.

— Estarei aqui quando você precisar — prometi, mesmo sabendo que ela já contava com isso.

E, claro, ela precisava.

— Você pode começar ajudando na escolha dos vestidos das madrinhas — sugeriu de imediato.

Fiz que não com a cabeça, sem pensar duas vezes.

— Suas amigas dão conta disso sozinhas — respondi, sem maldade. Belly sabia que não era pessoal.

Mas ela não deixou barato:

— Asslan, por favor... pelo menos venha escolher o seu traje. Você é meu melhor amigo e também será o padrinho de honra, lembra?

Revirei os olhos com leveza.

— Você tem minhas medidas. Escolhe um aí e me manda.

Voltei a atenção para os envelopes. Faltavam apenas os selos. Petter, o noivo, tinha saído há pouco para buscá-los.

Belly terminou de montar o último envelope, estalando a língua como quem vence uma maratona. Em seguida, me entregou um convite separado.

— Esse é o seu — disse, estendendo-o.

Abri o envelope mesmo já sabendo o conteúdo — afinal, eu mesmo tinha ajudado a montar os textos.

Fechei-o e fiz graça:

— Nem achei que fosse receber um. Preciso confirmar presença por e-mail ou uma ligação resolve?

Ela riu, entrando na brincadeira.

— É para o seu acompanhante.

Parei de rir na hora.

— Como assim, acompanhante? — questionei, encarando Belly, que agora sorria como se já estivesse planejando algo.

— Vai dizer que não vai levar ninguém? — perguntou ela, levando a mão ao peito em falso choque.

Eu já devia ter previsto essa reação.

— Belly, vamos para as Ilhas Verdes. É o seu casamento, não uma viagem romântica.

— Justamente! A chance perfeita pra você chamar alguém. Convida um crush! Aproveita! — tentou me convencer, mas mantive o pé no chão.

— Estou disponível apenas para ir ao seu casamento — enfatizei, cruzando os braços.

Ela me lançou um olhar afiado.

— Se você levar alguém, eu lhe dou dois meses de férias, e ainda pago a passagem de primeira classe e tudo que necessitar por lá.

Aquilo capturou minha atenção.

— Primeira classe? — perguntei, semicerrando os olhos.

Belly assentiu, confiante:

— Óbvio. Primeira classe para os dois. E tudo que ele consumir também.

Meus olhos se acenderam. Agora estávamos falando a mesma língua.

— Bom... sendo assim, eu topo — declarei, estendendo a mão para selar o trato. — Por sorte, eu tenho um encontro marcado até o fim da semana — disparei.

— Um encontro de verdade, não só uma aventura. Senão vocês pagam a própria conta, incluindo tudo que gastarem — avisou ela, com aquela expressão típica de quem sabe onde está se metendo.

Sorri, despreocupado. Fácil.

Nesse instante, a porta da frente se abriu e Petter entrou com uma caixa nas mãos.

— Por que esse sorriso todo? — perguntou, ao me ver praticamente saltitando.

— Dois meses de férias! — respondi, animado, me levantando de um pulo.

Acho que eles mesmos podiam cuidar dos selos. Peguei minhas coisas, me despedi e saí pela porta da frente.

Petter observou minha saída, confuso.

— Do que ele está falando? — perguntou para sua noiva.

— Eu disse que pagaria a viagem dele se ele conseguisse um acompanhante até a próxima semana — respondeu Belly com um largo sorriso.

Petter ergueu a sobrancelha.

— Achei que você já estivesse o presenteado.

Desci a calçada aos pulos, o sorriso no rosto maior que meu senso de realidade. Entrei no carro com a mente a mil.

Era simples: eu só precisava encontrar um cara — de preferência bonito — que topasse fingir ser meu namorado por uma semana. Em troca, férias nas famosas Ilhas Verdes com tudo pago. Quem, em sã consciência, diria não a isso?

Peguei o celular e abri minha lista de contatos. Nada. Nenhum nome parecia uma boa ideia. A maioria das pessoas que eu conhecia era próxima demais da Belly — e se ela desconfiasse que era tudo armação, o plano iria por água abaixo.

Tentei pensar fora da caixa. Talvez alguém me indicasse alguém... ou quem sabe um desconhecido simpático da rua? Em teoria, parecia viável. Mas, na prática...

Uma semana depois.

Eu estava de pé, no meio da sala de estar, encarando o próprio fracasso. Sem par. Sem férias. Sem glamour.

Como pode ser tão difícil achar alguém disposto a brincar de casal durante um casamento?

Os dias se arrastaram com encontros frustrados, conversas truncadas e convites recusados. Todos pareciam estar comprometidos, emocionalmente indisponíveis ou, na melhor das hipóteses, desinteressados. Até os aplicativos de namoro viraram território hostil. Nenhuma conversa durava mais de dois dias. Nada encaixava.

O voo para as Ilhas Verdes era dali a alguns dias. E eu precisava, urgentemente, arrumar um acompanhante.

Comecei a andar de um lado para o outro, os passos acompanhando minha ansiedade. A vista da janela, que normalmente me acalmava, dessa vez nem existia aos meus olhos. A mente estava ocupada demais com pensamentos do tipo: o que eu faço agora?

Foi quando olhei para a estante. Um livro antigo e esquecido se destacava entre os outros — capa preta, sem título, meio empoeirado. Lembrei que tinha sido presente de um amigo, uma daquelas piadas de aniversário. O tipo de coisa que a gente ri e guarda.

Sem ter nada melhor a fazer, fui até lá, peguei o livro e me joguei no sofá. Era um manual velho, quase místico, cheio de símbolos estranhos e páginas cheias de frases em línguas que eu definitivamente não dominava. Parecia um apanhado de tradições espirituais, com dicas de meditação, frases de impacto, rezas, versos soltos. Tinha até umas receitas naturais de chás e rituais de intenções.

Suspirei. Abri em uma página aleatória. Uma frase me chamou a atenção:

“Para atrair o que se deseja, concentre-se no que se oferece.”

Era isso que me faltava? Oferecer uma oferta?

Pisquei algumas vezes, refletindo. Ao lado, Bob, meu gato, subiu no sofá, esticando a pata exatamente sobre aquele trecho. Coincidência ou não, aquilo me deu uma ideia.

Fechei o livro e corri até o armário. Peguei velas aromáticas, um gravador de voz antigo, um espelho de moldura preta e uma camisa social masculina — tudo isso que estava ali apenas acumulando poeira. Posicionei tudo sobre o tapete da sala, como se estivesse montando uma cena de filme. A luz do abajur era baixa, criando um clima levemente dramático.

Sentei no chão, coloquei o gravador na minha frente e apertei "REC".

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Capítulo 1 – Convite Dourado
Capítulo 2 – Manual de Instruções Para o Desespero
Capítulo 3 – Vamos às Compras!
Capítulo 4 – Teste de Mentira (e de Nervos também)
Capítulo 5 – Teste de Resistência
Capítulo 6 — Troca Justa
Capítulo 7 – Arrumar as Malas
Capítulo 8 – Antes do Embarque
Capítulo 9 – Círculo de Curiosos
Capítulo 10 – Como Isso é Possível?
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