A comissária nos conduziu até nossos assentos na primeira classe. Ao contrário do que eu imaginava, o espaço parecia mais um miniquarto do que uma cabine de avião — havia uma cama estreita, uma poltrona confortável e uma pequena tela de TV. Para alguém que nunca tinha voado, aquilo parecia coisa de filme.
— Isso aqui é ótimo! — comentei empolgado, fechando a porta atrás de nós.
Keven, por outro lado, parecia desconfiado. Ele deu alguns passos pela cabine, analisando o espaço com a testa franzida.
— Achei pequeno — reclamou, lançando um olhar cético enquanto caminhava de um lado ao outro.
Sentei na beira da cama e encarei ele, me divertindo com o incômodo óbvio.
— É melhor do que passar horas espremido entre dois desconhecidos. Confia em mim — respondi, balançando a cabeça.
Keven bufou baixinho e continuou andando pelo espaço, já visivelmente impaciente.
— Quanto tempo essa viagem vai durar mesmo? — perguntou, olhando ao redor como se procurasse uma saída alternativa. O avião nem seque