O silêncio dele ficou comigo por dias.
Primeiro como uma sombra, depois como um eco que se dissolvia pouco a pouco.
Nos primeiros dias, tudo parecia um campo minado. Qualquer notícia, qualquer e-mail, qualquer menção ao nome Walker me fazia estremecer por dentro.
Mas o tempo esse aliado cruel fez o que sempre faz: apagou as bordas da dor.
Três semanas depois, eu já tinha aprendido a respirar de novo.
Trabalhava em silêncio, delegava em dobro, e reconstruía cada peça do império que ele tentou abalar.
A imprensa falava da venda das ações, das movimentações do mercado, dos rumores… mas não sabiam nada.
Não sabiam que, por trás de cada decisão que eu tomava, havia um esforço imenso para não olhar pra trás.
Sophie me dizia que eu parecia outra pessoa.
Talvez estivesse certa.
A mulher que eu fui ao lado de Nathaniel era feita de fogo e descontrole; a que eu via agora no espelho era feita de aço e silêncio.
Foi nesse tempo que Sebastian Byron entrou ou melhor, voltou a minha vida.
Já havíamo