Por um segundo, o mundo pareceu ficar em silêncio. Eu podia ouvir o som da minha própria respiração contida, medida como se o ar pesasse demais para entrar nos pulmões.
Nathaniel estava perto o bastante para que eu sentisse o calor do corpo dele, o perfume que conhecia de cor, e aquilo era exatamente o que eu temia. Porque bastava um movimento em falso, uma palavra atravessada, e todo o meu autocontrole desabaria.
Fechei os olhos por um instante, o suficiente para recuperar o fôlego. Quando os abri, ele ainda estava lá intenso, impaciente, o olhar cravado em mim como se tentasse me arrancar uma reação.
— Você está confundindo fim com fuga, Bennet — ele disse, baixo, rouco. — Eu ainda estou aqui.
Senti o estômago revirar, mas mantive o rosto impassível.
— E eu ainda estou dizendo que é o bastante.
Virei de costas, caminhando até o carro, tentando ignorar o som dos passos dele atrás de mim.
— Eliza… — a voz dele me alcançou, mais próxima agora. — Não me diga que isso é o que você quer d