O discurso dela terminou, mas a imagem permaneceu.
Eliza Bennet sob as luzes a mulher que transformava qualquer sala em território próprio.
Inatingível. Impecável. Intocável.
O salão inteiro se levantou para aplaudi-la.
Sebastian Byron subiu ao palco, tocou o braço dela e disse algo que a fez sorrir um sorriso contido, profissional. Mas ainda assim, um sorriso.
E o público adorou.
Mantive o rosto neutro.
Era o mínimo que podia fazer.
— Impressionante — comentou Alexia ao meu lado, a voz carregada de admiração e algo mais. — Ela sabe se colocar.
— Sempre soube. — respondi, sem olhar.
Liam, à minha direita, ergueu a sobrancelha.
— Você disse que não ia mais reagir, Nate.
— E não estou reagindo. — o tom saiu frio. — Só observando.
Ele riu baixo, aquele tipo de riso que me irritava.
— Claro. “Só observando”.
O champanhe parecia água na boca.
Três meses.
Três meses desde que ela terminou tudo — sem cena, sem lágrimas, apenas a clareza cruel de quem aprendeu a matar o que sente antes que o