Eu não sabia quem, de fato, era a Amelie. Talvez fosse mesmo essa garota boazinha, com o sorriso pronto e a voz sempre doce, quase inocente. Ou talvez fosse apenas uma fachada bem ensaiada, um disfarce conveniente.
Mas de uma coisa eu tinha certeza: nada na Walker acontecia por acaso, muito menos vindo da Érika. Amelie tinha sido escolhida a dedo. Jovem, bonita, delicada, exatamente o tipo de mulher que poderia despertar algo no Nathan, ocupar um espaço que antes era meu.
A Érika conhecia o irmão melhor do que ninguém, sabia das suas fraquezas. E eu sabia também. Era claro que Amelie estava ali para ser a distração perfeita, a isca plantada com cuidado.
Só que havia um detalhe que Érika jamais compreenderia: Nathan podia ser tentado pelo mundo inteiro, mas no fim… sempre voltava para mim.
E era por isso que, quando toquei de leve o braço dele ali na mesa, não foi apenas um gesto de intimidade. Foi um aviso silencioso para Amelie, para Érika, para qualquer um que quisesse testar. O cor