A porta se fechou com um clique seco, e o silêncio caiu sobre o quarto como uma parede. Respirei fundo, tentando recuperar o fôlego que ele parecia sugar só de estar ali. Cada músculo do meu corpo ainda estava tenso, cada batida do meu coração martelando como se quisesse me avisar: “Ele está no controle.”
Olhei para a bandeja sobre a cama. Comida. Fome. Um teste disfarçado de gentileza. Meu estômago doía, mas engoli o impulso de tocar na comida. Não queria dar a ele nem essa pequena vitória.
Sentei-me na beira da cama, cansada, com a raiva ainda fervendo por baixo da pele. Como ele podia ser tão calmo, tão… frio? Cada palavra sua tinha sido medida, calculada, feita para me deixar irritada, desconfortável, exausta. E funcionou.
— Amor? — murmurei para mim mesma, quase rindo de desespero. — Ele não sabe nem o que isso significa.
Fechei os olhos por um instante, apoiando a cabeça nas mãos. Tentava organizar os pensamentos, encontrar algum plano, alguma maneira de retomar o controle d