A porta nem chegou a bater, e o silêncio que ela deixou atrás de si já era ensurdecedor.
Eu me mantive em pé, os olhos fixos nos papéis que ela tinha largado sobre a mesa documentos que, se caíssem nas mãos erradas, poderiam implodir uma década inteira de negociações. Maldita seja, Eliza.
Meu maxilar estava travado. O gosto de raiva, amargo na garganta. Ela sabia exatamente onde atingir. E atingiu.
— Isso é um absurdo. — Blake foi o primeiro a falar, se inclinando sobre a mesa. — Como ela conseguiu esses documentos?
— É o que eu também gostaria de saber. — respondi, a voz controlada, mas firme. — E mais do que isso: como ela teve a ousadia de trazer isso aqui, na frente de todos.
— Ela não é idiota, Nathan. — disse Erika, seca. — Você sabe disso.
— Ela quer me destruir. — murmurei.
— Ela quer a fusão. — retrucou minha mãe, sem levantar o tom. — E está deixando claro que, se não for por um acordo, será pela força.
Um silêncio pesado pairou no ar por alguns segundos. Até Liam suspirar,