Estou com medo

Amélia Alves

Antes:

Uma casa estranha que me causa arrepios e derrepente além de tristeza sinto um medo tão grande que começo a chorar enquanto arrasto minha mochila pela casa, o cheiro de velho e mofo atinge meu nariz, minha tia me leva para um quartinho feio e abafado com cheiro de mofo ainda mais forte que o resto da casa, tinha um colchão velho no chão e um guarda- roupa caindo os pedaços, com uma voz seca ela fala.

— Guarde suas coisas no armário, ela fala apontando para o armário velho, eu abro as portas e o pó me faz tosse e pego minhas roupas e jogo no armário, eu não sei faz estas coisas minhas mãe sempre guardou todas as minhas roupas,Depois deito naquele colchão frio com uma coberta fina, à noite eu tremo de frio e de fome,Aquelas pessoas são esquisita, aquele homem me olha de um jeito esquisito e minha tia parece me odiar, embora ela pareça amigável de vez em quando ela é sempre fria e sem afeto, Nessa época do ano é bem frio em São Paulo, as noites são bem gelada e eu quase não consegui dormir tremendo os dentes, o que me resta é chorar e pensar que tudo isso é um pesadelo que eu vou acordar amanhã e estarei na minha casa com a minha mãe, na minha cama quentinha, depois acabo pegando no sono com esse pensamento.

Na manhã seguinte eu levanto abra a porta daquele quarto e caminho até a cozinha estou com muita fome minha barriga está roncando, tem um bolo na mesa, de chocolate parece delicioso vou lá e pega um pedaço mas assim que eu coloco a minha mão uma grande mão b**e forte gritando

— Tire a mão do meu bolo sua ladra, você não tem educação sabe que não pode mexer nas coisas dos outros, o homem fala irritado e eu me encolho toda com medo.

— Desculpe é que eu estou morrendo de fome, eu pensei que poderia pegar um pedaço, falo com os olhos cheios de lágrimas

— Pensei que podia pegar um pedaço, menina idiota come aquele pão ali e não toque no meu bolo entendeu, ele fala agressivo e eu apenas balançou a cabeça confirmando, pega o pão que ele mandou eu comer está duro e seco, não sei nem de quantos dias é mas eu estou com fome demais para questionar, Medo de mais para falar alguma coisa vou pedir algo para beber

— Você não colocou a roupa ainda para ir para a escola, você pensa o quê que eu vou vestir você, coloque a roupa ou vamos nos atrasar, minha tia entra gritando comigo e eu saio correndo assustada de volta para o quarto e procurar um uniforme, revirou que toda aquela roupa que eu joguei no armário e acho meu uniforme todo amassado bem no fundo coloco ele uma blusa de frio e o meu tênis pego minha mochila e saio correndo, minha tia já está dentro do carro me esperando e manda eu entrar, é tudo tão difícil eu não sei muito bem me vestir sozinha sempre minha mãe me ajudava, muito menos entrar em um carro sem alguém para me ajudar, mas minha tia não se importa com nada apenas fica rindo e conversando o tempo todo com aquele homem esquisito.

— Desce do carro já chegamos, minha tia fala em frente há um lugar esquisito que eu nunca vi

— Mas essa não é minha escola, falo morrendo de medo

— Essa é sua nova escola, tempo integral você vai sair só a 5 da tarde, agora deixa desse carro e vai embora logo eu tenho muita coisa para fazer não tenho tempo de cuidar de uma pirralha chorona, ela fala gritando e eu saio do carro e acabo escorregando e machucando o joelho, mesmo assim eles não se importa continua lá dentro eu levanto do chão segurando minhas lágrimas e caminho para dentro dos portões da minha nova escola.

— O que aconteceu com você menina, uma voz de uma mulher soa atrás de mim, me fazendo da um pulo assustada eu me viro morrendo de medo e digo

— Eu caí na entrada foi quando cheguei, falo olhando para o chão sem nem encarar a mulher, mas para minha surpresa ela se aproxima de mim dizendo

— Venha comigo vou te levar para fazer um curativo nesse joelho, e me diga por que sua roupa está tão amassada a sua mãe não passa suas roupas? ela me pergunta me olhando de cima abaixo, no mesmo instante as lágrimas começam a cair dos meus olhos e com muita dificuldade eu digo

— A minha mãe morreu, agora estou sozinha e não sei me vestir ou passar roupas, falo essas palavras e vejo olhar da mulher suavizar e ela me pega no colo com muito carinho e diz

— Você não está sozinha vamos cuidar de você aqui nesta escola, não precisa fica com medo, eu te prometo ninguém aqui vai te machucar, a mulher fala essas palavras me leva até uma sala onde me cólica sentada e limpa meu joelho coloca um curativo depois arruma o meu cabelo e minhas roupas que estavam todas torta e me pega pela mão e leva para a sala de aula onde uma professora gentil da aula, todas as crianças já estavam lá dentro e fiquei com medo de entrar, mas a professora me pegou pela mão e me levou até a sala me apresentando para todos, eu não conseguia nem olhar para ninguém estava apavorada de medo, principalmente com todos me olhando, Fiquei bem no canto tentando parecer invisível, embora não adiantou porque todos eles me olhavam e cochichavam, não sei o que eles falavam, mas nenhuma criança se aproximou de mim e tudo que eu queria era que chegasse a hora do lanche, já que minha barriga estar roncando muito, isso se me deixarem comer aqui, se for proibido, eu quero minha mãe estou com fome, com medo e tudo que quero é minha mãe de volta, por favor mãezinha volta eu prometo ser uma boa menina.

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