O portão de ferro rangeu ao se fechar atrás do carro blindado. O som ecoou pesado, quase como se o próprio ar avisasse: aqui dentro pode parecer seguro, mas nunca é. Amélia respirou fundo, sentindo o coração desacelerar apenas um pouco. Estava em casa — se é que podia chamar a mansão Sokolov de casa.
Maxim saiu primeiro, atento, o olhar varrendo todo o pátio. Dois seguranças se aproximaram imediatamente, um para abrir a porta do lado dela, outro para verificar o perímetro. Quando Amélia colocou os pés no chão, um grito alegre cortou o ar.
— Mamãe!
Benjamin vinha correndo em disparada, os braços abertos, os cabelos bagunçados, o sorriso largo. Amélia se abaixou e o recebeu num abraço apertado, fechando os olhos por um instante para gravar o cheiro dele: doce, limpo, reconfortante.
— Meu amor… — Ela o encheu de beijos no rosto. — Como você está?
— Bem! Tia disse que eu fui um herói hoje! — respondeu com orgulho.
Maxim se aproximou devagar. Não era de gestos efusivos, mas pousou a mão gr