Capítulo – Confronto no Restaurante
O restaurante estava cheio naquela noite. O som dos talheres, das risadas abafadas e do jazz suave enchiam o ambiente de uma falsa tranquilidade. Mas, no fundo do salão, perto da mesa mais afastada, o ar parecia mais denso, carregado. Porque ele estava ali.
Maxin Sokolov
De terno impecável, os olhos cinzentos observando tudo ao redor como um predador. A presença dele já não era surpresa para Amélia — ele vinha com frequência. Pedia sempre os pratos mais caros e comia pouco. Mas naquela noite, algo estava diferente. Ele não tirava os olhos dela.
Seu coração batia forte e a lembrança do beijo não saia de sua cabeça, mas o medo da perseguição dele.
E Amélia estava cansada.
Cansada de sentir o coração disparar sempre que ele entrava. Cansada de fingir que não lembrava do beijo, do toque, do sussurro deixado em seu quarto como uma tatuagem na alma. E, acima de tudo, cansada de ter medo de si mesma por desejá-lo mesmo sabendo do que ele era capaz.
Ela