Amélia
Amélia correu pelos corredores da mansão como se fugisse de um incêndio. As luzes estavam apagadas e os quadros antigos nas paredes pareciam observá-la, julgando cada passo. O nó em sua garganta ardia, e as lágrimas corriam livremente por seu rosto.
Uma dor terrível lhe atingiu, ela queria gritar alto, mas apenas correu.
Ela entrou no quarto, bateu a porta com força e se encostou contra ela, tentando controlar a respiração.
A pasta vermelha com os documentos ainda queimava em sua memória. A imagem de sua mãe sorrindo ao lado de Maxin... a confissão dele... o silêncio carregado de verdades não ditas.
Jogou-se na cama, apertando o travesseiro contra o rosto para abafar o choro.
Ela estava apaixonada. Estava completamente, perigosamente apaixonada por Maxin Sokolov.
A dor que estava sentindo era em descobriu que Maxin está com porque se parece com sua mãe.
E agora sabia que tudo começara com a sombra de sua mãe.
— Ele não me ama, ele ama ela , ela repetiu para se mesmo.