Amélia
Dois dias depois da emboscada na Catedral de São Basílio, o mundo da máfia russa ainda ecoava em murmúrios. A ousadia de invadir um casamento Sokolov, de tentar sequestrar a noiva diante de toda a elite, havia se tornado uma ferida aberta no orgulho dos aliados e uma humilhação pública para os inimigos. Mas entre as paredes da mansão Sokolov, Amélia e Maxin não estavam lamentando. Estavam preparando a resposta.
Não com sangue.
Ainda.
Mas com algo muito mais irritante para seus adversários: a felicidade triunfante.
Eles não iria desistir, agora que chegaram tão longe, o amor dos dois era forte e ninguém iria atrapalhar.
Agora Maxin iria usar todo o seu poder para destruir seus inimigos.
A luz do fim de tarde atravessava os altos pinheiros dos jardins da mansão, banhando tudo com um dourado quase etéreo. Músicos em trajes escuros afinavam violinos, enquanto floristas corriam com arranjos brancos e vermelhos. O altar havia sido montado sobre uma plataforma de madeira envern