Os dois dias seguintes no pequeno apartamento no centro foram uma mistura bizarra de prisão e quartel-general. O mundo lá fora continuava, um monstro indiferente, enquanto dentro daquelas quatro paredes, um assassino, uma artista e sua melhor amiga traçavam os planos para caçar uma organização invisível. A vitória sobre Kael não lhes trouxera paz, apenas um novo e mais assustador inimigo: O Consórcio. E o primeiro rosto desse inimigo tinha um nome: Jean-Pierre Fournier.
A dinâmica entre eles havia se estabelecido em uma rotina de sobrevivência. Marina, com seu pragmatismo, cuidava da logística. Fazia compras discretas em mercados de bairro, garantindo que tivessem comida e suprimentos, sempre atenta, sempre olhando por sobre o ombro. Lara, por sua vez, mergulhou no passado, usando os diários de sua mãe e suas próprias memórias para construir um perfil do mundo de seu pai, um mapa de alianças e traições que poderia lhes dar uma vantagem.
E Gabriel... Gabriel era o estrategista. Passava