O tempo, que antes se arrastava, de repente se comprimiu em uma fração de segundo. No instante em que a mão de Kael tocou a maçaneta da porta da sala de reuniões, Gabriel soube que o jogo de espera havia terminado. O xadrez dera lugar a uma briga de facas em uma cabine telefônica.
Kael bateu na porta, um toque curto e profissional.
— Sim? — a voz de Leônidas soou de dentro, irritada com a interrupção.
Sem esperar por um convite, Kael abriu a porta e empurrou o carrinho de café para dentro. Sua cabeça estava baixa, o boné do uniforme escondendo seu rosto. A atenção dos homens na sala, que estava focada em uma discussão acalorada, se voltou para ele com um misto de surpresa e aborrecimento.
— Nós não pedimos café — rosnou um dos diretores.
Kael não respondeu. Com um movimento fluido e terrivelmente calmo, ele levantou a tampa do carrinho. Mas não havia uma máquina de café expresso ali. Em seu lugar, aninhada em espuma preta, estava uma submetralhadora compacta com um silenciador longo e