Onde o ataque é numérico e a derrota tem IBAN
DR. CARVALHO BORGES
O mundo explode em imagens de fogo no Mediterrâneo, mas para mim a guerra acontece numa sala escura de monitores: linhas de código, extratos, carimbos digitais. Não há pólvora aqui; há ledgers, timestamps e comprovantes que não mentem. Enquanto outros contam corpos, eu conto fluxos — e fazer um império sangrar é tarefa de quem entende contabilidade e perícia forense.
Sento, limpo a lente do óculos e encaro a primeira tela. Ali estão os movimentos que me interessam: transfers em cascata, camadas de offshores, contas-corrente que se abrem e se fecham como armadilhas. Leonardo quer destruição; eu dou-lhe o instrumento que corta mais fundo que explosão. Dou-lhe o silêncio que quebra negócios.
Primeiro passo: identificar o fio condutor. As entradas de capital que sustentam a Sabino vêm disfarçadas. Há contratos “logísticos”, empresas de fachada que emitem notas fiscais por serviços que nunca existiram. Maya e sua equipe já m