Quando as peças viram brasas
Todos os pontos se cruzam como um relógio que explode no mesmo segundo.
Dois mil quilômetros a leste, no Mediterrâneo, uma coluna de fumaça sobe e some no céu — o cargueiro que carregava o combustível da SABINO já não é mais rota, é cinza. Em Brasília, navios-fontes de logística têm armazéns reduzidos a estilhaços de metal e madeira. Em Nápoles, correias de um tesoureiro param de girar; uma prisão sigilosa o aguarda. Em Madrid, uma mansão que lavava dinheiro fica sem teto; os arquivos se tornam brasas. Em Frankfurt, servidores que guardavam contratos digitais sucumbem a mãos que congelam réplicas e apagam redundâncias.
Do outro lado da linha, os relatórios chegam um após o outro: transferências interceptadas, contas bloqueadas, backdoors acionados, provas preparadas para explodir na imprensa. Dr. Carvalho encaminha o último PDF com a trilha do dinheiro; Maya confirma que os canais de comunicação estão cheios de ruído. Navarro envia a mensagem curta: “Posiç