Quando a verdade precisa ser escondida e o desejo se torna estratégia
LEONARDO CASSANI
Norman ainda estava nua, a pele corada do que tínhamos acabado de viver. Sentou-se na cama, os joelhos dobrados, os braços cruzados em torno do próprio corpo — não para se cobrir de mim, mas como se tentasse se proteger das dúvidas que a corroíam.
— Leo… — a voz dela saiu baixa, quase um sussurro. — Quando a gente voltar pra Paris… qual é o plano?
Tomei um gole do uísque e fiquei observando. A água do banho ainda brilhava pelo cabelo dela, brilhando sob a luz suave da suíte presidencial. Havia algo na maneira como ela me encarava que não era só medo. Era responsabilidade. Ela queria estar à altura.
— O plano é simples. — respondi, firme. — Você vai me chamar de Lorenzo em público. Sempre. Não importa a situação. Mesmo se eu te olhar de um jeito que te diga o contrário, mesmo se você sentir vontade de me chamar pelo meu nome… na frente deles, eu sou Lorenzo.
Ela assentiu, devagar. — E se alguém desc