Quando o luxo deslumbra, mas o perigo nunca dorme
Norman Andrade Paixão
A estrada que serpenteava pela costa parecia saída de um sonho. Do alto, o mar da Riviera reluzia em tons de azul profundo, cortado por veleiros e iates que mais pareciam peças de exposição. Cada curva revelava um cartão-postal. E, a cada curva, meu coração batia mais forte.
— Mônaco… — sussurrei, quase sem perceber.
Leonardo não respondeu. Mãos firmes no volante do carro alugado, olhar fixo à frente, como se já estivesse três passos além de tudo o que eu via. Eu podia jurar que o luxo da cidade não o distraía. Mas eu… eu estava deslumbrada.
O Principado surgia à nossa frente como um teatro ao ar livre. Cassinos iluminados, prédios elegantes, jardins suspensos e o cheiro salgado do Mediterrâneo. Era o tipo de cenário que eu só vira em revistas de viagens quando ainda morava na minha kitnet em Paris. Agora, eu estava aqui, ao lado de um homem que me desconcertava em todos os sentidos.
Quando o carro parou diante d