Quando bilhões não compram respeito
LEONARDO CASSANI
Estava pronto. Terno de grife claro, camisa impecável, cada detalhe no lugar. Norman, ao meu lado, vestia um terno executivo sob medida, elegante, profissional, impecável. O cabelo preso em coque firme, o batom discreto, mas os olhos brilhando como de quem sabia exatamente o lugar que ocupava. Ela entendia o jogo. Sabia que hoje não era apenas mais uma reunião. Hoje era guerra.
Descemos juntos para o restaurante do hotel. O almoço foi regado a vinho branco, pratos caros que não lembro o nome, mas o que importava eram as carícias por baixo da mesa e os beijos que eu não escondi de ninguém. Fiz questão de marcar território: Norman não era só a mulher que me acompanhava. Era a Cassani que eu escolhi colocar ao meu lado.
Eu queria que todos vissem. Que todos soubessem.
Depois do almoço, seguimos na limusine até a reunião com o príncipe. Do lado de fora, Mônaco brilhava dourado. Do lado de dentro, eu ajustava a gravata, Norman passava o