Quando o preço do poder é a própria felicidade
LEONARDO CASSANI
O domingo nasceu cedo demais para mim. O relógio marcava seis horas quando abri os olhos, ainda com o corpo pesado do vinho da noite anterior e do calor de Norman aninhada nos lençóis. Saí da cama devagar, para não acordá-la. Caminhei nu até o sofá da suíte presidencial, sentei e apoiei os cotovelos nos joelhos. As mãos foram direto à cabeça.
O peso era insuportável.
Se eu não quiser perder a Norman… vou ter que resolver toda essa merda de outra forma.
Peguei o celular, respirei fundo e escrevi:
Bom dia, senhor Cassani. Já acordou?
Meu pai nunca dormiu até tarde. Nunca se deu ao luxo da preguiça. O homem que construiu um império de segurança dorme cedo, acorda cedo, e vive como se cada minuto fosse uma guerra.
Demorou alguns segundos, mas a resposta veio.
Bom dia, Leo. Como foi aí em Mônaco? Alguma novidade boa?
Soltei um riso breve, irônico. Novidade boa? Se ele soubesse…
Digitei de volta:
Sim, pai. Tirando o príncipe q