O sábado amanheceu preguiçoso, com uma brisa leve entrando pelas frestas das janelas do apartamento. Helen havia acordado com o rosto enterrado no pescoço de Ethan, o corpo enroscado no dele, como se o universo inteiro se resumisse àquele abraço lento e quente.
Ethan estava acordado antes dela, coisa rara e passava a ponta dos dedos nas costas nuas dela, desenhando círculos invisíveis com paciência e prazer.
— Bom dia, chatinha.
Helen gemeu, virando o rosto no travesseiro, tentando esconder o sorriso.
— Já são horas decentes pra você me provocar?
— Qualquer hora é hora. Inclusive… — ele apontou para o gesso ainda parcialmente enfaixado na perna, com uma fita frouxa amarrada de forma improvisada. — Eu sonhei que a gente tirava isso hoje. E no sonho, você tava de calcinha e um corpete branco, com uma tesoura na mão. Foi sexy.
— Isso é um fetiche ortopédico? — ela riu, se levantando na cama com os cabelos bagunçados e os olhos semicerrados. — Não acredito que você tá me convencendo a bri