Raul Trajano: O Barão de Gran Sierra

Raul Trajano: O Barão de Gran Sierra PT

Romance
Última atualização: 2025-02-28
E.J.Cruz  concluído
goodnovel18goodnovel
10
5 Avaliações
86Capítulos
1.6Kleituras
Ler
Adicionado
Resumo
Índice

Um romance de época sobre um casamento arranjado. Retratado pela história do engenheiro agrônomo, Raul Trajando, oriundo de uma família desprovida e Felícia, uma mocinha esnobe que paga seus pecados ao se casar com um homem pobre. Raul era apaixonado pela jovem Felícia, uma moça encantadora, cobiçada por todos os rapazes da pequena cidade de Santa Rita. O desejo pela jovem era tão intenso que ele se atreveu a pedir sua mão em casamento ao pai dela, que negou incondicionalmente. Dias depois, o Sr. Molina muda de ideia e acata o pedido. Nos primeiros meses do casamento, Felícia percebe estar apaixonada pelo homem que tanto desprezou. A trama se intensifica quando Raul é premiado como herdeiro de um império, ele era o filho bastardo do Barão de Gran Sierra, no entanto, vê seu casamento arruinar ao descobrir que Felícia já sabia dessa informação antes de se casar. Um enredo envolvente, cheio de paixão, reviravoltas, segredos, vingança e resignação.

Ler mais

Capítulo 1

1 A carona

Era um dia festivo na Fazenda Bela Vista. Felícia, a filha caçula do fazendeiro Dante Molina, estava completando dezoito anos. A família e alguns amigos da jovem comemoravam com uma festa simples, mas com bastante música, comida e alegria.

“Amiga, você está linda!”

Elogiou Sarah, melhor amiga de Felícia. Desde a infância as duas compartilhavam os melhores momentos da vida juntas.

Elas tinham a mesma idade, estudavam na mesma escola desde o primário e estavam quase terminado o colegial. Conversavam sobre tudo e às vezes Sarah dormia na casa da amiga, elas se consideravam irmãs.

“Deixa eu colocar mais base, vai te dar mais brilho... Pronto! Agora só falta arranjar um fazendeiro rico.”

“Já falei, não quero namorar com ninguém agora”, respondeu Felícia revirando os olhos.

“Tudo bem! Só toma cuidado para não ficar donzela.”

“Prefiro ficar donzela do que casar com esses homens daqui de Santa Rita.”

“Agora vamos descer? Todos estão esperando para os parabéns.”

[...]

Felícia Molina era uma jovem encantadora que acabara de fazer dezoito anos, cobiçada por todos os rapazes da cidade de Santa Rita.

Seu sonho era estudar moda e design na capital e se tornar uma estilista renomada.

Planejava terminar o colegial e partir para a universidade. Era focada, casaria só depois da faculdade.

A jovem era extremamente linda, de olhos e cabelos castanhos, traços faciais delicados, de aparência refinada e um corpo modelado.

Além de vistosa, era inteligente, aprendeu com a sua avó francesa a falar um francês intermediário, dominava a matemática e adorava filosofia. Todos os rapazes de Santa Rita admiravam sua postura graciosa e estilosa. Sua compostura exalava elegância e, ao mesmo tempo, modéstia.

A família da jovem Felícia era descendente de franceses, uma família nobre dona de muitas terras, afortunada na agropecuária.

O seu pai, Dante Molina, era um fazendeiro conhecido pela criação de vaca leiteira, distribuía leite em toda a região. Era um homem ambicioso e respeitado por todos.

[...]

No período da tarde, depois das aulas, Felícia se juntava aos seus amigos Sarah e Otávio na biblioteca pública, onde estudavam e prosavam assuntos da idade deles.

Otávio era o irmão gêmeo de Sarah, um rapaz culto, sábio e estudante de filosofia. Era um moço de boa aparência com uma prosa diferente, falava igual um poeta! Por isso, Felícia o admirava e gostava de estar perto dele. Ele desejava também ingressar na universidade, no entanto, ajudava seu pai no comércio da família que ficava no centro da cidade de Santa Rita.

[...]

Durante a semana, Felícia tinha a mesma rotina habitual. Logo cedo, partia para a escola, pedalava cinco quilômetros na sua bicicleta e retornava meio-dia.

Numa segunda-feira comum, em um dia tranquilo depois do seu aniversário, ela voltava da escola quando tomou um baita susto ao perceber que o pneu da sua bicicleta estava totalmente esvaziado e, sem alternativa, partiu empurrando a bicicleta até a fazenda no sol quente de meio-dia.

Se animou ao ouvir um barulho de ronco de motor vindo em sua direção acreditando que seria seu pai, já que eram poucos os moradores da região que usufruíam de um automóvel.

Uma caminhonete branca parou ao seu lado e um homem de chapéu e de boa aparência a abordou educadamente:

“Boa tarde, senhorita! Você é a filha do Sr. Molina, estou certo?”

“Sim, sou eu mesma!”

“Sou o engenheiro Raul Trajano, sempre presto serviço na fazenda da sua família.”

Ela respondeu tímida:

“Eu sei, as vezes te vejo por lá.”

“Está com problema com a sua bicicleta?”

“Sim, estourou o pneu.”

“Deseja uma carona? Irei passar na sua fazenda.”

“Eu aceito, obrigada.”

A moça aceitou a carona desconfiada e sem alternativas. Raul conhecia bem aquela jovem, era a filha caçula do fazendeiro Molina. A moça mais cobiçada pelos rapazes de Santa Rita.

Ele pegou a bicicleta e a colocou na carroceria da sua caminhonete, abriu a porta do passageiro como um cavalheiro e pediu que ela entrasse.

No pouco percurso, ela permanecia em silêncio. Ele a observava de canto, depois puxou assunto:

“Você está vindo do colégio?”

“Sim.”

“Está concluindo o colegial?”

“Isso.”

“Pretende ingressar na universidade?”

“Possivelmente.”

A jovem respondia monossilábica, discretamente e sem interesse.

O trajeto acabou, o homem estacionou em frente à cancela, desceu e retirou a bicicleta da moça.

“Obrigada pela carona!”

“Disponha, senhorita, passar bem!”

Ela agradeceu, abriu a cancela e se foi, sem dar ousadia para o homem.

Raul a espiava partir, admirando a graciosidade da jovem. Externalizava seus pensamentos em um murmúrio: “Oh, mulher bonita da porra!”

[...]

Raul Trajano era um homem atraente e de boa aparência, tinha cabelos negros e pele clara, era parrudo e de estatura alta.

Desde pequeno era esforçado, conseguiu ingressar na universidade logo cedo e sua turma de engenharia agrônoma foi a primeira do país.

Era o primeiro filho de uma mãe solteira, Dona Quitéria, uma mulher parda e sofrida. Quando ele fez três anos, Dona Quitéria conseguiu se casar e teve mais duas filhas, Bibiana e Catarina, depois ficou viúva.

O engenheiro agrônomo era conhecido na região por seu trabalho inovador de uso de técnicas eficientes na agricultura e na pecuária.

Seus pensamentos não saiam da bem-afamada Felícia, filha do fazendeiro Molina. Desde o primeiro dia que a conheceu enquanto trabalhava na fazenda da família dela, vivia alucinado com a imagem da moça na sua cabeça.

Mais
Próximo Capítulo
Baixar

Último capítulo

Mais Capítulos

Também vai gostar

Novelas relacionadas

Nuevas novelas de lanzamiento

Último capítulo

user avatar
Maria Helena Esteves
Terminei de ler o livro ,parabéns muito bom, fiquei brava com Raul em alguns episódios mais no fim tudo de bom.
2025-04-01 19:57:22
0
user avatar
Dynha Henry
Gostei muito
2025-03-28 10:26:59
0
user avatar
Maria Helena Esteves
se for como uma paixão ordinaria, vai ser muito bom.
2025-02-12 20:27:03
0
user avatar
Neide Magalhães
A história me parece interessante . Só espero que não demore para atualizar e não seje só um ou dois capítulos por dia
2025-02-10 19:44:12
1
user avatar
E.J.Cruz
eita ... estou adorando ...️
2025-02-09 04:26:20
1
86 chapters
1 A carona
2 Festa da colheita do milho
3 O dia do concurso
4 A recusa do fazendeiro
5 Um herdeiro macho
6 O plano do senhor Molina
7 O jantar de noivado
8 Conselhos dos amigos
9 A fuga
10 A casa nova
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App