Já passava da hora do almoço, consegui adiantar alguns relatórios, agora faltavam poucos para finalizar. De repente a voz de papai veio em minha cabeça: “Se ele precisar de algo”. Revirei os olhos só de relembrar.
A verdade é que mergulhei no trabalho e esqueci de Antônio Marco, a frase de papai se repetia em minha mente, então resolvi ir ao quarto vê-lo. Me espreguicei na cadeira antes de levantar-me e fui.
Abri a porta com cuidado para não o acordar e entrei. O susto foi inevitável, ele já havia acordado e acabara de sair do banho pela toalha enrolada no quadril e o corpo ainda úmido.
— Desculpa, — disse me virando de costas — achei que estava dormindo por isso não bati.
— Oi, tudo bem. Acordei e achei que precisava de um banho. Não precisa ficar virada. — Comentou ele me deixando mais sem graça ainda.
— Eu já estou indo. Você precisa de alguma coisa, está com dor? — Perguntei ainda sem me virar.
— Não, estou bem. Com a dose de remédio que me deu, não sei como conse