O hospital se tornara um mundo à parte para Alex.
O relógio girava, mas o tempo parecia parado. Dias e noites se embaralhavam num ciclo onde só havia uma constante: Nina, inconsciente, deitada naquela cama.
Alex estava com ela o tempo todo.
Dormia em uma poltrona reclinável que mandara estofar com almofadas novas. Trazia flores frescas a cada dois dias, mesmo que soubesse que ela não podia vê-las ainda. Trocava as músicas no celular, colocava trilhas suaves, conversava com ela sobre coisas bobas, contava piadas, lia trechos dos livros que ela amava. Tudo com a esperança de que, em algum lugar dentro dela, ela ainda estivesse ouvindo.
A aliança seguia no dedo dela.
Ali.
Silenciosa.
Esperando.
Na quarta noite, Alex ligou para Marcus.
— Cara… preciso de um favor. Um grande.
Marcus atendeu de imediato. A voz do outro lado era firme, mas carregada de preocupação.
— Já estou sabendo que você sumiu da sede. Todo mundo me olhou estranho hoje. O que está acontecendo?
Alex inspirou, tentando ma