Alex.
O quarto era amplo, silencioso e banhado por uma luz dourada que entrava suavemente pelas janelas de vidro fumê. Cortinas grossas mantinham a claridade sob controle, e o ar-condicionado mantinha o ambiente num frescor constante, quase antisséptico. Uma poltrona reclinável — feita sob medida — repousava ao lado da cama hospitalar, e nela estava Alex.
De olhos fixos em Nina.
Ela ainda dormia. Os fios de cabelo escuros estavam presos em um coque frouxo feito pelas enfermeiras. A faixa de curativo já havia sido trocada e agora era mais discreta, branca e limpa. O rosto dela estava menos pálido, mas ainda distante. Os aparelhos ao redor emitiam bipes espaçados, constantes. Alex os conhecia todos. Já tinha aprendido a interpretar cada som, cada curva nos monitores.
Os sedativos haviam sido suspensos. O corpo dela estava por conta própria agora.
Era só uma questão de tempo.
De força.
De vontade.
Alex estendeu a mão e tocou com carinho os dedos dela. A aliança que ele havia comprado há