A noite caiu silenciosa sobre a alcateia Sombra Azul, envolta em uma calmaria enganosa. O luar filtrava-se pelas janelas do quarto de Eyla e Adrian, tingindo o ambiente com prata e sombra. As cortinas dançavam suavemente ao ritmo da brisa fresca, e os sons da floresta pareciam mais distantes naquela noite.
Eyla estava nos braços de Adrian, deitada sobre o peito dele, sentindo o calor constante que emanava de seu corpo. Seus dedos desenhavam lentamente linhas imaginárias pela pele dele, enquanto trocavam sorrisos, carícias e palavras sussurradas. Era um momento de ternura, raro e precioso, onde o mundo externo parecia inexistente.
Adrian acariciava os cabelos de Eyla, beijando sua testa com carinho.
— Você sabe que mesmo com tudo acontecendo, você é meu porto seguro, não sabe? — disse ele em tom rouco, com os olhos semicerrados pelo conforto do momento.
Ela sorriu, aninhando-se ainda mais contra ele.
— E você é meu. Cada vez que me toca, cada vez que me olha assim, eu me lembro de que