Capítulo 42: Sussuros
A névoa da madrugada ainda pairava baixa sobre os campos quando Valesa despertou abruptamente. Seus olhos se abriram como se puxados por um fio invisível. Algo antigo sussurrava através dos ventos, como um sibilo que apenas os sensíveis à magia podiam escutar.

Em sua cabana, as ervas penduradas tremiam levemente, sem vento algum. Ela se levantou e foi até a tigela de pedra no altar. A água ali dentro fervilhava. Valesa franziu o cenho.

— Alguém está lançando alguma magia...

Ao mesmo tempo, Eyla permanecia sentada no terraço de sua torre, com um manto envolvendo os ombros. A noite anterior ainda pesava em sua mente. A sensação dos olhos de Lucian, os sussurros da floresta, o medo de ver o rosto de outro homem no de quem amava.

Sua loba também não dormia. Dentro dela, se movia, inquieta, como se pressentisse algo se aproximando.

— Por que você não fala comigo? — Eyla sussurrou internamente. — Está frustrada também?

A resposta veio mais como um rugido abafado. A loba sentia. Algo es
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