O céu estava nublado quando os primeiros uivos cortaram o ar, vindos das fronteiras do norte. Eyla, do alto da torre de vigília, sentiu sua loba se remexer inquieta dentro de si. A chegada de Lucian era como uma tempestade que se aproxima — silenciosa, mas carregada de eletricidade.
Adrian desceu os degraus com passos pesados, os olhos já alterados em tons dourados, revelando o alerta do Alfa. Ao seu lado, três dos melhores guerreiros da alcateia se posicionaram na entrada principal.
Do nevoeiro que serpenteava entre as árvores, figuras começaram a emergir. Eram sete ao todo. Todos vestidos de preto, com mantos pesados e olhos afiados como navalhas. Mas o que realmente chamou atenção foi o lobo negro que caminhava à frente, com olhos prateados e uma cicatriz que ia do focinho até a orelha esquerda. Ele parou a poucos metros da entrada, e diante do olhar atento de Adrian, transformou-se com graça em sua forma humana.
Lucian era alto, imponente, de pele pálida contrastando com cabelos e