O sol mal havia tocado as montanhas quando Eyla abriu os olhos. Seus músculos estavam tensos, a pele fria, mas o coração… o coração pulsava forte. Valesa, sentada ao seu lado com uma infusão de ervas nas mãos, sorriu ao vê-la desperta.
— Você voltou inteira — disse a xamã, aliviada. — Eu temi que sua alma tivesse ficado presa no véu para sempre.
Eyla tocou o próprio peito, onde ainda sentia o resquício da dor que a consumiu no Véu.
— Eu senti Adrian. Foi ele que me puxou de volta.
— Ele atravessou o Véu por você, Luna. Isso não se faz impunemente. Mas graças a Deusa da Lua, ele conseguiu voltar e a você. — Valesa a observou com atenção. — E agora, o vinculo entre vocês está mais forte. Quase indestrutível.
— Quase — murmurou Eyla, sentando-se com esforço. — E Alfa Lucian?
— Ferido segundo Alfa Adrian. Mas vivo. E desaparecido também. Adrian já está em campo e começou a caçada da Marca Negra.
Eyla ergueu os olhos.
— Sozinho?
Valesa assentiu.
— Com Viktor e Mike e alguns guerreiros. Mas