Valesa trabalhou rápido, enviando Adrian através do véu.
O véu não era lugar de chão ou céu. Era feito de visões quebradas, fragmentos de passado e medo. A cada passo, Adrian era assaltado por memórias de batalhas perdidas, cenas de Eyla sangrando em seus braços, vozes que sussurravam suas falhas, seus piores instintos.
Lobos de olhos vazios surgiam entre as névoas, ilusões vivas, tentando puxá-lo para a loucura. Mas ele os despedaçava com rosnados e garras de energia bruta. Ele não procurava redenção. Ele procurava ela.
E então, ele a viu.
No centro de um círculo feito de fumaça, Eyla flutuava, envolta em correntes de sombra. Os olhos dela estavam abertos, mas sem brilho — e Alfa Lucian estava ali, atrás dela, sussurrando palavras em sua mente.
— Bem-vindo, Alfa Adrian — disse Alfa Lucian, calmo, os olhos reluzindo com prazer. — Como eu sabia que faria.
Adrian rosnou, as presas à mostra, a fúria tomando conta.
— Solte. Ela. Agora.
Lucian sorriu. Um sorriso cruel.
— Que tal negociarmo