A noite sobre as montanhas esquecidas, onde o tempo parecia estagnado e os ecos das eras antigas ainda ressoavam entre as rochas cobertas de musgo. No centro do círculo de pedra, envolto por runas ancestrais gravadas à mão, Alfa Lucian aguardava. Sua presença era uma sombra viva, a túnica negra esvoaçando com o vento que vinha de nenhum lugar.
O ar ao redor estalou, e uma fissura se abriu no tecido da realidade. Da brecha entre os mundos, emergiu o Príncipe do Escuro.
Sua forma era esguia, feita de névoa e carne, e seus olhos, vermelhos como brasas acesas, fitavam Lucian com desprezo e fome.
— Você me chamou, traidor — rosnou a entidade, com a voz que soava como centenas de línguas sussurrando ao mesmo tempo.
Alfa Lucian sorriu, frio como o aço.
— Eu chamei, sim. Mas para avisa-lo que não vou me submeter a você.
O Príncipe riu, uma gargalhada que fez o próprio solo estremecer.
— Eyla esteve em suas mãos… e você a deixou escapar. Tão perto, tão vulnerável… E mesmo assim, ela vive. Você