A mansão estava mais silenciosa do que o normal naquela noite. Um silêncio carregado de tensão, como a calma antes de uma tempestade. Sentada em um dos sofás da sala principal, eu observava Leonardo enquanto ele terminava de dar ordens a Lorenzo e Marco.
Eles estavam planejando cada detalhe do contra-ataque, estudando os movimentos de Salvatore, tentando antecipar o próximo golpe. Mas, por mais que falassem de estratégias e vantagens, eu sabia a verdade: essa guerra não terminaria sem sangue.
E eu já estava envolvida demais para sair.
Leonardo desligou o telefone e passou a mão pelos cabelos, visivelmente tenso. Seu olhar encontrou o meu e, por um breve momento, ele pareceu hesitar antes de caminhar até mim.
— Você está preocupada — disse ele, sentando-se ao meu lado.
Cruzei os braços, encarando-o.
— Você não?
Ele soltou um suspiro pesado.
— Claro que estou. Mas não tenho escolha.
— Sempre há uma escolha, Leonardo.
Ele soltou um riso curto, sem humor.
— Não no meu mundo.
Engoli em sec