O sol mal havia nascido quando saímos da mansão. A noite sangrenta havia terminado, mas as cicatrizes invisíveis permaneciam gravadas em nossas almas. Leonardo me conduziu até um dos carros pretos estacionados na entrada, e Lorenzo, sempre atento, assumiu o volante.
O caminho até o esconderijo seguro de Leonardo foi silencioso. A cidade ainda dormia, alheia ao caos que havia se desenrolado nas sombras. Eu olhava pela janela, vendo as luzes fracas das ruas passarem como fantasmas, enquanto tentava processar tudo o que havia acontecido.
Leonardo manteve sua mão sobre a minha durante todo o trajeto. Seu toque era firme, mas gentil, como se quisesse me lembrar de que, apesar de tudo, eu ainda estava viva.
— Você está bem