63. O testamento de Isabella e a fúria dos reis caídos
O ar no escritório secreto de Isabella Rossi era rarefeito, pesado com o cheiro de papel antigo e de uma verdade há muito enterrada. Do lado de fora, na biblioteca principal, os passos dos homens de Tulio ecoavam como o bater de um relógio macabro, cada segundo aproximando-os da descoberta. Sabrina, com as mãos trêmulas, mas os olhos brilhando com uma determinação febril, abriu a pequena caixa de madeira entalhada que encontrara sobre o pedestal.
Dentro, repousando sobre um leito de veludo desbotado, não havia uma arma, nem joias. Havia um artefato intrincado de bronze e marfim, uma espécie de disco de cifras mecânico, com anéis concêntricos cobertos de símbolos alquímicos e astronômicos. No centro, havia uma pequena ranhura, do formato exato da antiga chave de bronze de sua avó. "O 'Custos Clavis'," Leonardo sussurrou, reconhecendo a genialidade de seu avô. Não era apenas um guardião, era um decodificador, a peça física necessária para traduzir os algoritmos quânticos da Serpente de