17. A sombra da ameaça
A mensagem anônima brilhou na tela do comunicador de Leonardo, cada palavra um golpe em seu peito já sobrecarregado: "Eles sabem sobre a garota do banco. Os Cuca. Acham que ela é sua fraqueza. Um jeito de te atingir." Sabrina. A imagem dela, assustada e vulnerável na zona portuária, voltou com força total, agora tingida por um pavor ainda mais agudo. Não era mais uma espectadora acidental do perigo; ela era o alvo. Por causa dele.
Uma fúria fria e um medo visceral tomaram conta de Leonardo. Quem enviara a mensagem? Seria um aviso genuíno de algum canto obscuro de seus contatos? Uma armadilha dos Cuca para desestabilizá-lo? Ou, pior ainda, uma maquinação interna dos Costello, talvez de Rocco, para testar suas lealdades ou minar sua posição? Ele precisava saber, e rápido.
Seus dedos voaram sobre o teclado de seu laptop, mergulhando nas profundezas da rede criptografada de onde a mensagem surgira. Rastrear a origem era quase impossível, o remetente usara múltiplas camadas de retransmisso