13. No fio da navalha dos sentimentos e segredos
A fortaleza Costello tornara-se para Leonardo um labirinto de espelhos, onde cada rosto amigo poderia esconder um traidor, e cada sombra, um inimigo. A ordem de Don Vincenzo para obter as plantas completas do Banco Rossi em tempo recorde, sob a vigilância constante e malévola de Rocco, era uma sentença de morte adiada. Mas era a imagem de Sabrina, sozinha e assustada no refúgio empoeirado, que realmente o consumia, um fogo gelado de preocupação e um anseio que ele mal ousava nomear.
Ele precisava chegar até ela, avisá-la do perigo crescente – não apenas dos Costello, mas agora também dos homens de seu próprio pai, Lorenzo, que, em seu desespero para encontrá-la, transformara a cidade num campo minado para ambos. Mas Rocco era como um cão de caça, farejando cada passo seu, cada intenção velada.
Leonardo passou a manhã seguinte num jogo perigoso de dissimulação. Fingiu mergulhar de cabeça nos preparativos para a "abordagem" a Ricardo Alves, o jovem arquiteto do Banco Rossi. Discutiu estr