O olhar de Tulio era como um fragmento de gelo, e suas palavras pairaram no ar da manhã com o peso de uma sentença. "Temos um problema, Leonardo. Um problema que envolve você. E o Banco Rossi."

O sangue de Leonardo pareceu congelar em suas veias, mas seu rosto permaneceu uma máscara de neutralidade estudada. Teria sua incursão sido descoberta? Aquele breve momento de descuido ao pegar o pendrive ao lado do computador de Guedes? Ou seria algo mais, algo ligado à sua investigação secreta do cofre antigo?

"Explique," Leonardo disse, a voz calma, embora cada fibra de seu ser estivesse em alerta máximo.

"Guedes," Tulio cuspiu o nome como se fosse veneno. "O cão de guarda de Lorenzo Rossi. Ele não é idiota. Aparentemente, sua 'visita' noturna, por mais discreta que tenha sido, deixou um rastro digital mínimo, uma anomalia nos logs do servidor de segurança que os técnicos dele só conseguiram identificar agora, cruzando dados com um pico de energia numa subestação próxima." Não era uma acusaç