101. Ecos de uma guerra vencida, tambores de uma nova tempestade
A paz, para Leonardo Bellini, tinha o som do riso de seu filho ecoando pelos vinhedos da Toscana e o toque suave da mão de Sabrina na sua, enquanto observavam o pôr do sol tingir as colinas de ouro e púrpura. Dez anos haviam se passado desde a noite cataclísmica em Basel, dez anos desde que a verdade da Serpente de Cristal fora libertada e os impérios de Tulio Costello e do Consórcio Sombra haviam desmoronado como castelos de areia. Dez anos de uma vida que ele jamais ousara sonhar, uma vida de tranquilidade, de arte, de amor.
O mundo que eles haviam ajudado a mudar continuava seu curso. As ondas de choque do "Dilúvio de Basel" ainda eram sentidas em governos e corporações, e a "Fundação Bellini-Rossi", gerida à distância com a ajuda de Beatriz e da rede dos Guardiões da Verdade, tornara-se uma força silenciosa, mas significativa, para a justiça, financiando causas que honravam a memória de Lorenzo Bellini e a redenção de Lorenzo Rossi. Leonardo, sob um pseudônimo, era um escultor cele