102. O despertar do dragão e o tabuleiro reimaginado
A decisão de Leonardo, proferida com a frieza do aço na serenidade do santuário dos Guardiões da Verdade, pairou no ar como uma promessa e uma maldição. "O dragão vai despertar." A paz, aquela construção frágil e preciosa que eles haviam erguido ao longo de quinze anos, estilhaçara-se de vez. A guerra, que eles pensavam ter deixado para trás nas cinzas de seus inimigos, retornara, não como um fantasma, mas como uma tempestade global, e desta vez, o alvo era o que eles tinham de mais sagrado: seu filho.
A primeira e mais difícil tarefa, no entanto, não envolvia tecnologia quântica ou espionagem internacional, mas uma conversa. Naquela noite, a atmosfera na vila toscana era pesada, cada sombra parecia mais longa, cada som do vento, um presságio. Leonardo e Sabrina sentaram-se com Lio na biblioteca, o mesmo lugar onde, anos antes, haviam desvendado os primeiros segredos do diário Bellini. Chegara a hora de o jovem herdeiro conhecer a verdadeira e perigosa dimensão de seu legado.
Eles não