100. O jardim do infinito, onde as fênix repousam
Dez anos. Uma década inteira se passara desde que o mundo prendera a respiração com o "Dilúvio de Basel" e a subsequente queda de impérios criminosos. Para o mundo, fora uma série de manchetes sensacionais, escândalos e reestruturações geopolíticas. Para Leonardo e Sabrina, fora o primeiro dia do resto de suas vidas. A paz, que eles antes perseguiam como uma miragem no deserto, tornara-se a própria textura de seus dias na Toscana, uma tapeçaria tecida com fios de sol dourado, o riso de seu filho e um amor que se aprofundara com a serenidade das estações.
A vila, antes um refúgio, era agora um lar vibrante. Os vinhedos produziam colheitas celebradas, e a oliveira que plantaram para Lio era agora uma árvore frondosa e forte, suas raízes profundas na terra que testemunhara a cura de tantas feridas. Lorenzo "Lio" Bellini Rossi, aos vinte e dois anos, era a prova viva daquela cura. Um jovem de inteligência brilhante e compaixão genuína, ele se formara com honras em Arquitetura e Relações I