114 - Jade

Ainda são 21h quando entro no meu quarto, com o peito apertado e a cabeça girando. Rigel dorme profundamente no quarto ao lado, com o restinho de Nescau ainda na caneca sobre a cômoda. O silêncio da casa parece me sufocar.

Pego o celular e abro o contato da Ayla. Meus dedos tremem. Respiro fundo e aperto o botão de chamada.

Ela atende no segundo toque, com a voz baixa:

— Oi, mana... está tudo bem?

— Não — minha voz falha, e uma lágrima quente escorre antes mesmo de eu perceber. — Eu fiz merda, Ayla.

— O que aconteceu? Cadê o Rigel? — ela pergunta, já mais alerta.

— Ele tá dormindo. Não é com ele, é com o Samuel... — Me sento na beirada da cama e passo a mão pelos cabelos. — A gente... a gente ficou... No banheiro do restaurante. Foi intenso. Foi... bom. Eu senti tudo de novo, Ayla. Tudo que eu jurei que tinha enterrado. Mas ai eu disse que foi um erro, que não deveríamos fazer aquilo de novo.

Ela fica em silêncio por um instante.

— E depois? O que aconteceu?

— Depois ele se afastou
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