Enquanto os flashes ainda ecoavam nas retinas, o grupo já havia cruzado a área restrita e se encontrava na van executiva que os aguardava. Léo, sempre no controle, conversava com Simone sobre a agenda dos próximos dias. Talita comentava com Sabrina sobre os contratos acumulados. Vic, claro, não parava de tirar selfies com todos.
Clara observava tudo. O caos organizado. A velocidade com que a vida dela estava mudando. O quanto aquilo tudo — contratos, fama, poder, sexo intenso — tinha gosto de conquista. Mas ela também sabia de outra coisa:
Ela precisava de ar.
— Léo — ela chamou, baixinho, quando ele finalmente sentou ao lado dela no banco de couro.
Ele virou o rosto e arqueou a sobrancelha com aquele charme perigoso que dizia: “Vai me provocar mais agora, é?”
Mas Clara não sorriu.
— Hoje eu vou pro meu apartamento com as meninas.
Ele ficou em silêncio. Só olhou, tentando decifrá-la.
— Nada demais — ela continuou. — A gente precisa colocar a fofoca em dia, tomar vinho barato, ver film