““A glória dele era só fachada. O concreto, sustentado por dívida.”
Trinta dias antes do sequestro.
Paris.
Um jantar privado no último andar de um hotel cinco estrelas, após a Conferência Internacional de Design Urbano.
Champagne gelado. Luz âmbar. Flash atrás de flash.
Gianluca D’Avanti sorria como uma lenda viva — terno sob medida, sotaque que encantava investidores, currículo cheio de premiações.
O arquiteto que todos queriam ouvir.
O nome que ainda abria portas.
Mas por dentro?
Dívidas.
Resentimento.
Silêncio.
O que ninguém sabia era que boa parte dos convites que ele recebia…
vinha por influência oculta.
Assam Vellamo.
O nome que sussurrava por trás dos bastidores.
O homem que mantinha o pedestal em pé — desde que Gianluca aceitasse continuar sorrindo.
E naquela noite, o holofote que um dia foi dele… já estava em outro rosto.
Clara Ribeiro.
Jovem, desafiadora, brilhante.
Ela falava com desenvoltura sobre bioarquitetura enquanto o salão inteiro se inclinava pra ouvir. A mídia a ro