A noite caiu sobre Dubai como um véu de ouro e rubi, e a cidade parecia dançar sob as luzes dos prédios espelhados. Clara fitava seu reflexo no imenso espelho do quarto: o vestido vermelho escarlate abraçava seu corpo como uma segunda pele. O corte geométrico na altura do busto dava um ar de arquitetura viva à peça, enquanto a fenda profunda na perna esquerda deixava à mostra uma ousadia elegante. Nos pés, um salto metálico que refletia cada passo como uma promessa. Ela não precisava de mais nada. Era o próprio monumento.
Ao seu lado, Talita optou por um conjunto preto de cetim com recortes laterais e Simone, a mais misteriosa do trio, apostou em um vestido azul petróleo com mangas longas e costas nuas. Quando o trio desceu do carro oficial da Fundação Internacional de Design Urbano, os flashes quase cegaram.
— Agora fodeu — murmurou Talita com humor, ajustando o cabelo.
— Fama é uma maratona, não uma corrida. Caminha e não tropeça — sussurrou Simone, sempre afiada.
A festa acontecia